Portugal é um país de acentuados desequilíbrios, um país desigual na organização do território e na ocupação do espaço.
Como Jovem, e como habitante do interior do país, preocupa-me bastante o futuro do nosso território, onde, se não houver políticas rápidas e inteligentes, vamos assistir a um definhar profundo, num curto prazo de tempo.
Os autarcas portugueses são o motor de todo o desenvolvimento do país, e os do interior ainda mais. Mas fico triste ao constatar que muitos autarcas do interior estão parados, desleixados, e por vezes deveriam mesmo ser criminalmente acusados da má gestão que fazem do bem público. Em vez de gastar o dinheiro em prol das suas populações, gastam mais em sua própria causa.
O interior do país precisa, como de pão para a boca de gente activa, de pessoas que tenham capacidade de trabalho e de luta. É preciso pessoas que consigam fazer de novo a ligação do interior com o “resto do mundo”.
O interior necessita de gente, almeja dinâmica, projectos que criem emprego, que criem união entre as pessoas e que permitam, acima de tudo, uma vontade de se fixarem.
É com emprego que os jovens e os casais se fixam, é com garantia de emprego que os jovens regressam para a sua terra, é com emprego que a sociedade fica mais desenvolvida, e só assim é possível voltar a ter jovens no interior do país. É preciso atrairmos empresas, é necessário serem criados incentivos fiscais para as empresas que se queiram localizar no nosso interior.
Tenho a certeza que com esta grave crise económica internacional, à qual o nosso país não escapa, o interior vai ser a semente de desenvolvimento para o país, que vai permitir o crescimento económico, e que vai dar exemplo de solidariedade e de cidadania, essenciais ao nosso país neste momento.
Só tornando o Interior vivo, só acreditando no seu potencial, se beneficiará, tendo uma população mais bem distribuída, um meio ambiente bem preservado, uma economia mais forte, e, sem dúvida, seremos um país com mais auto-estima e qualidade de vida.
Ricardo Santos
Coordenador da JS Sátão
Artigo Publicado, no clube novos horizontes
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