Algumas tentativas sem sucesso foram feitas durante a guerra, particularmente por partidos de países neutros, para reviver a Segunda Internacional, cujo Bureau Internacional se transferira para a Holanda. Em 1919, numa conferência em Berna, foi reconstituída uma pálida versão da antiga Segunda Internacional (a "Internacional de Berna"), que realizou seu primeiro congresso em Genebra, no ano seguinte, contando com a representação de 17 países.
Em 1921, os socialistas de esquerda de dez partidos, inclusive o Partido Social-Democrata Independente Alemão (USPD), do Partido Social-Democrata Austríaco (SPÖ) e do ILP inglês, reuniram-se em Viena para constituir a União Internacional de Trabalhadores dos Partidos Socialistas ("União de Viena"), apelidada de "Segunda e Meia Internacional". Esta associação considerava-se como o primeiro passo para uma Internacional ampla e, em 1923, num congresso realizado em Hamburgo, uniu-se à Segunda Internacional revivida para formar a Internacional Trabalhista e Socialista, que deixou de funcionar em 1940. Foi substituída em 1951 pela actual Internacional Socialista, que é uma associação livre dos principais partidos socialistas e social-democratas em todo o mundo, com sede em Londres.
A 30 de Janeiro de 2006, a liderança passou do português António Guterres para o grego George Papandreou.
O Hino:
A letra do Hino da Internacional Socialista vem de um poema do francês Eugène Pottier (foto à esquerda - 04/10/1816 - 06/11/1887). Entre 1917 e 1944 foi o hino nacional da URSS.
A canção não é reverenciada como hino apenas pelos membros da atual Internacional Socialista mas também por todos os movimentos comunistas/socialistas, considerando as diferentes linhas de pensamento.
A Internacional (L'Internationale - letra de Eugène Pottier (1871) e música de Pièrre Degeyter (1888))
A INTERNACIONAL
A pé, ó vítimas da fome
Não mais, não mais a servidão
Que já não há força que dome
A força da nossa razão
Pedra a pedra, rua o passado
A pé, trabalhadores irmãos!
Que o mundo vai ser transformado
Por nossas mãos, por nossas mãos
Bem unidos façamos,
Nesta luta final,
Uma terra sem amos
A Internacional
Bem unidos façamos,
Nesta luta final,
Uma terra sem amos
A Internacional
Não mais, não mais o tempo imundo
Em que se é o que se tem
Não mais o rico todo o mundo
E o pobre menos que ninguém
Nunca mais o ser feito de haveres
Enquanto os seres são desfeitos
Não mais direitos sem deveres
Não mais deveres sem direitos
Bem unidos façamos,
Nesta luta final,
Uma terra sem amos
A Internacional
Bem unidos façamos,
Nesta luta final,
Uma terra sem amos
A Internacional
Já fomos Grécia e fomos Roma
Tudo fizemos, nada temos
Só a pobreza que é a soma
Dessa riqueza que fizemos
Nunca mais no campo de batalha
Irmãos se voltem contra irmãos
Não mais suor de quem trabalha
Floresça em fruto noutras mãos
Bem unidos façamos,
Nesta luta final,
Uma terra sem amos
A Internacional
Bem unidos façamos,
Nesta luta final,
Uma terra sem amos
A Internacional!